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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cantora de dupla sertaneja tem orientação via Whatsapp para seguir dieta



Com uma média de 30 shows por mês, Thaeme, da dupla sertaneja "Thaeme e Thiago", já está acostumada a viajar demais e, ainda assim, se esforça para manter uma dieta balanceada. "A nutricionista passa várias opções de alimentos que posso consumir para não ter perigo de ficar sem opção e comer algo que não seja saudável", explica a cantora, que recebe orientação da profissional Talita Capoani em tempo real, via Whatsapp, aplicativo de celular de texto e voz.
Além de não restringir nada do cardápio, Thaeme precisa de uma refeição reforçada para ter pique para cantar e dançar por uma hora e quarenta minutos, tempo de duração do show da dupla. "Antes sempre como um arroz integral com muita salada e um grelhado, que pode ser carne ou frango", conta. Depois da apresentação, ela costuma optar por uma fruta (maçã ou banana) e quando transpira demais toma 1/2 medidor de whey protein isolado.
Ao acordar, a cantora não deixa de tomar água com 1/2 limão espremido em jejum. "Minha nutricionista que indicou e me sinto muito bem quando tomo", afirma. O café da manhã de Thaeme normalmente é composto por mamão com aveia, queijo branco, torrada integral com queijo cottage e um suco de melancia.
Já no lanche da manhã, ela opta por alimentos fáceis de carregar, como bolinho integral, sucos e frutas, como a maçã. "Como uma todos os dias, pois faz bem para a voz, limpa a secreção e ela também combate os radicais livres", ensina.
Para almoçar, Thaeme costuma optar por arroz integral com carne moída e legumes. Além disso, ela também acrescenta alface, tomate cereja, cenoura e brócolis. "Às vezes também como uma omelete de claras com salada ou um grelhado com feijão e folhas verdes", revela.
Como não fica muito tempo sem comer, a cantora faz um lanchinho da tarde. "Normalmente uma fruta, como melão, um suco ou uma bolacha integral", conta. No jantar, mesmo nos dias quentes, Thaeme come um prato de salada e depois uma sopa de legumes.
O maior sacrifício para ela é evitar os doces. "Não consigo ficar sem, mas tenho me controlado mais. Quando estou ansiosa, chego a comer uma panela de brigadeiro sozinha", confessa, aos risos. Ela também não abre mão de comer um pouquinho de queijo com goiabada antes do show.
Para evitar o peso na consciência, a cantora fez uma promessa de sempre aumentar o tempo nos exercícios aeróbicos depois de alguns exageros. "Se como algum doce, fico pelo menos uns 20 minutos a mais na esteira no dia seguinte", conta. No entanto, ela garante que não passa vontade quando consegue uma brecha na agenda para encontrar com os amigos e a família.
Eliminar gordura
O objetivo do treino de Thaeme, elaboradora pela personal trainer Viviane Soares, é aumentar a resistência muscular e cardiorrespiratória, além de eliminar a gordura. "A resistência dela estava baixa porque ela faz muitos shows, dança e pula. Portanto esses exercícios são para perder gordura e manter a massa magra", explica Soares.
A cantora procura malhar de três a quatro vezes por semana, mas mesmo quando a turnê está fora de São Paulo, ela segue um treino com exercícios que usam apenas o peso do corpo. "Gravei uns vídeos com as atividades e ela pode fazer em qualquer lugar, no quarto do hotel, no ônibus", revela a personal trainer.
Thaeme tem mais um motivo para pegar firme nos treinos: a gravação do DVD da dupla sertaneja está marcada para o dia 8 de março no Credicard Hall. "Vai ser um show muito bacana com músicas novas e os sucessos que a gente já tem, além dos efeitos especiais e de algumas participações", adianta.
Sempre que consegue, a cantora também complementa os treinos e alimentação com alguns tratamentos estéticos. "Quando tenho tempo faço drenagem, manthus e o celutech – um ultrassom para reduzir a celulite", revela.
fonte: uol

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Egípcios agradecem a manifestantes brasileiros por protestos inspiradores

Egípcios na Praça Tahrir, hoje (29 de junho). Imagem: ROARMag

O grupo "Comrades from Cairo" agradeceu, em carta aberta, aos brasileiros e turcos pelo que chamaram de "protestos inspiradores". 

Comentaram que, apesar de Brasil, Turquia e Egito apresentarem realidades sociais diferentes, a luta de tais países é unida pelo fato de que "nós todos temos sido condenados por círculos fechados que desejam que se perpetue esta falta de visão de qualquer bem para as pessoas".

Comentaram a concepção que receberam do governo brasileiro coetâneo: "No Brasil, um governo enraizado numa legitimidade revolucionária provou que seu passado é somente uma máscara usada enquanto seus parceiros da mesma ordem capitalista exploram as pessoas e a natureza".

A carta foi marcada por uma feição aparentemente revolucionária, anticapitalista, internacionalista, liberal e anti-opressiva. 

Aparentemente, os componentes do grupo egípcio não estão cientes da abrangência e da amplitude que os levantes brasileiros atingiram, haja vista a citação enfocada no Movimento Passe Livre, o qual, há tempo razoável, abandonou as manifestações, além de não ter envolvimento - e ter declarado, inclusive, oposição - com as motivações da maior parte da população brasileira manifestante.

Qual é a sua posição a respeito? Leia a íntegra da carta abaixo.


Carta aberta do coletivo ativista egípcio "Comrades from Cairo'



A você do lado em que lutamos,

30 de Junho irá marcar um novo estágio de rebelião para nós, construindo em cima do que iniciamos nos dias 25 e 28 de Janeiro de 2011. Desta vez, nós nos rebelamos contra o reinado da Irmandade Muçulmana, que trouxe apenas mais das mesmas formas de exploração econômica, violência policial, torturas e mortes.

Referências à vinda de "democracia" não têm relevância quando não existe a possibilidade de se viver uma vida decente, sem sinais de dignidade e um padrão de vida decente. Os pedidos por legitimidade através de um processo eleitoral nos distraem da realidade de que no Egito, nossa batalha continua porque vivemos a perpetuação de um regime opressivo que mudou sua face, mas mantém a mesma lógica de repressão, austeridade e brutalidade policial. As autoridades mantêm a mesma falta de qualquer prestação de contas para o público, e as posições de poder se traduzem em oportunidades de conquistar riqueza e influências pessoais.

O dia 30 de Junho renova o grito da revolução: "As pessoas querem a queda do sistema". Nós vislumbramos um futuro governado nem pelo autoritarismo e capitalismo da Irmandade, nem por um aparato militar que mantêm o controle da vida política e econômica, nem pelo retorno das velhas estruturas da era Mubarak.

Embora nossas redes ainda sejam fracas, nós desenhamos esperança e inspiração dos recentes levantes, especialmente na Turquia e no Brasil. Cada um nasceu de realidades políticas e econômicas diferentes, mas nós todos temos sido condenados por círculos fechados que desejam que se perpetue esta falta de visão de qualquer bem para as pessoas. Nós nos inspiramos na organização horizontal do Movimento Passe Livre, iniciado em 2003 na Bahia, Brasil; nós nos inspiramos nas assembleias públicas lotadas que vemos por toda a Turquia.

No Egito, a Irmandade insiste em acrescentar o viés religioso a todo o processo, enquanto a lógica de um neo-liberalismo localizado acaba com as pessoas. Na Turquia, uma estratégia de crescimento agressivo do setor privado se traduz em regras autoritárias, a mesma lógica da brutalidade policial como arma primária para oprimir a oposição e qualquer tentativa de outras alternativas. No Brasil, um governo enraizado numa legitimidade revolucionária provou que seu passado é somente uma máscara usada enquanto seus parceiros da mesma ordem capitalista exploram as pessoas e a natureza.

Essas lutas recentes compartilham de batalhas muito mais antigas dos Curdos no Oriente Médio e dos indígenas na América Latina. Por décadas, os governos Turco e Brasileiro tentaram (e falharam) calar estes movimentos de luta pela vida. Sua resistência contra a repressão do Estado foi a precursora desta nova onda de protestos que se espalharam pela Turquia e pelo Brasil. Vimos uma urgência em reconhecer a profundidade de nossas lutas e procurar formas de amplificarmos nossas vozes em novos lugares, vizinhanças e comunidades.

Nossas lutas compartilham um potencial de se opor ao regime global de Estados-Nações. Na crise e na prosperidade, o Estado continua a desapropriar e privatizar tudo para preservar e expandir a riqueza e o privilégio daqueles que estão no poder.

Nenhum de nós está lutando isolado. Nossos inimigos são os mesmos do Bahrein, Brasil, Bósnia, Chile, Palestina, Síria, Turquia, Curdistão, Tunísia, Sudão, Saara, e Egito. E a lista continua... Por todo o lado eles nos chamam de criminosos, vândalos, arruaceiros e terroristas. Nós não estamos lutando só contra a exploração econômica, a violência policial descarada e um sistema jurídico ilegítimo. Não são por direitos ou reformas cidadãs que estamos lutando.

Nós nos opomos ao Estado-Nação como uma ferramenta centralizada de repressão, que possibilita às elites locais sugarem nossas vidas e poderes globais para reter sua dominação sobre o dia-a-dia das pessoas. Nós não estamos requisitando a unificação ou equalização de nossas várias batalhas; mas a estrutura de autoridade e poder contra qual nós devemos lutar, desmantelar, e trazer abaixo é a mesma. Juntos, nossa luta é mais forte.

Nós queremos a queda do Sistema."

Tradução de Movimento Pró-Corrupção.

Marcos Camponi.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Joelma anuncia fim da banda e início de carreira gospel

Os fãs que estavam presentes na apresentação ficaram consternados com o fim da banda Calypso

Joelma anuncia fim da banda e início de carreira gospel 
Com o suposto fim da banda Calypso, a cantora Joelma avisou aos fãs que pretende seguir agora a carreira gospel. A declaração foi dada durante um show no final da noite deste sábado, 8, no São João da Capitá, festa junina de Recife. Os fãs que estavam presentes na apresentação ficaram consternados com a mudança de estilo.
A filha da artista, Natália Sarraff, usou seu perfil no Facebook para apoiar a decisão da mãe: "tudo que é bom dura pouco? Pelo contrário, tudo que é bom dura para sempre, pois tudo de Deus dura para sempre. Feliz por sua decisão, minha mãe. Eu te apoio, pois te conheço e sei o que se passa em seu coração, e sei que agora você está feliz de verdade".
Natália também comentou a comoção dos fãs de Joelma: "só acho assim: ninguém morreu, pelo contrário, acaba de nascer uma nova vida, a vida que Deus escreveu muito antes do nascimento. Então vamos parar de falar bobagens e agradecer a Deus! Pois tudo nessa vida só acontece se Ele permitir, e tudo é para Sua glória. Só sei dizer que estou feliz, feliz por saber que a pessoa que mais amo está feliz".
Em entrevista, o empresário da banda Fábio Macedo afirmou que, por conta dos compromissos já assumidos, Joelma, que é evangélica, só vai se dedicar ao novo ritmo em 2015. A assessoria da banda, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o fim da banda Calypso.
"A Joelma, em seus momentos de reflexão e oração, pede muito conselho a Deus sobre a carreira. Então hoje, diante do governador do estado, Eduardo Campos, e do prefeito [do Recife] Geraldo Julio, ela disse que teria muita vontade de entregar a sua carreira à obra de Deus e só cantar música gospel", disse o empresário.
Polêmica - O suposto fim da banda está atrelado também à polêmica que Joelma se envolveu ao fazer declarações contra os homossexuais. Em março deste ano, em entrevista ao colunista Bruno Astuto, da revista Época, a cantora afirmou que ser gay é "como um drogado tentando se recuperar".
"Tenho muitos fãs gays, mas a Bíblia diz que o casamento gay não é correto e sou contra... Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar", afirmou ela.

sábado, 27 de abril de 2013

Instituto britânico alerta para riscos de extinção da raça humana


Diretor do Instituto do Futuro da Humanidade, Nick Bostrom, diz que riscos para o fim da espécie humana são reais
Diretor do Instituto do Futuro da Humanidade, Nick Bostrom, 
diz que riscos para o fim da espécie humana são reais




Uma equipe internacional de cientistas, matemáticos e filósofos do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, está investigando quais são os maiores perigos contra a humanidade.
E eles argumentam em um texto acadêmico recém-divulgado, Riscos Existenciais como Prioridade Global, que autores de políticas públicas devem atentar para os riscos que podem contribuir para o fim da espécie humana.
No ano passado, houve mais textos acadêmicos lançados a respeito de snowboarding do que sobre a extinção humana.
O diretor do Instituto, o sueco Nick Bostrom, afirma que existe uma possibilidade plausível de que este venha a ser o último século da humanidade.
Boas notícas, primeiro
Mas primeiro as boas notícias. Pandemias e desastres naturais podem causar uma perda de vida colossal e catastrófica, mas Bostrom diz acreditar que a humanidade estaria propensa a sobreviver.
Isso porque nossa espécie já sobreviveu a milhares de anos de doenças, fome, enchentes, predadores, perseguições, terremotos e mudanças ambientais. Por isso, as chances ainda estão a nosso favor.
E ao longo do espaço de um século, ele afirma que o risco de extinção em decorrência do impacto de asteroides e supererupções vulcânicas permanece sendo "extremamente pequeno".
Até mesmo as perdas sem precedentes autoimpostas no século 20, com duas guerras mundiais e epidemia de gripe espanhola, deixaram de prevenir a ascensão do crescimento da população humana global.
Uma guerra nuclear poderia causar destruição sem precedentes, mas um número suficiente de indivíduos poderia sobreviver e, assim, permitir, que a espécie continue.
Mas se existem todos esses atenuantes, com o que deveríamos estar preocupados?
Ameaças sem precedentes
Bostrom acredita que entramos em uma nova era tecnológica capaz de ameaçar nosso futuro de uma forma nunca vista antes. Estas são "ameaças que não temos qualquer registro de haver sobrevivido".
O diretor do Instituto compara as ameaças existentes a uma arma perigosa nas mãos de uma criança. Ele diz que o avanço tecnológico superou nossa capacidade de controlar as possíveis consequências.
Experimentos em áreas como biologia sintética, nanotecnologia e inteligência artificial estão avançando para dentro do território do não intencional e do imprevisível.
A biologia sintética, onde a biologia se encontra com a engenharia, promete grandes benefícios médicos, mas Bostrom teme efeitos não previstos na manipulação da biologia humana.
A nanotecnologia, se realizada a nível atômico ou molecular, poderia também ser altamente destrutiva ao ser usada para fins bélicos. Ele tem escrito que governos futuros terão um grande desafio ao controlar e restringir usos inapropriados.
Há também temores em relação à forma como a inteligência artificial ou maquinal possa interagir com o mundo externo. Esse tipo de inteligência orientada por computadores pode ser uma poderosa ferramenta na indústria, na medicina, na agricultura ou para gerenciar a economia, mas enfrenta também o risco de ser completamente indiferente a qualquer dano incidental.
Sean O'Heigeartaigh, um geneticista do Instituto, traça uma analogia com o uso de algoritmos usados no mercado de ações.
Da mesma forma que essas manipulações matemáticas, argumenta, podem ter efeitos diretos e destrutivos sobre economias reais e pessoas de verdade, tais sistemas computacionais podem "manipular o mundo verdadeiro".
Em termos de riscos biológicos, ele se preocupa com boas intenções mal aplicadas, como experimentos visando promover modificações genéticas e desmanter e reconstruir estruturas genéticas.
Um tema recorrente entre o eclético grupo de pesquisadores é sobre a habilidade decriar computadores cada vez mais poderosos.
O pesquisador Daniel Dewey, do Instituto, fala de uma "explosão de inteligência", em que o poder de aceleração de computadores se torna menos previsível e menos controlável.
"A inteligência artificial é uma das tecnologias que deposita mais e mais poder em pacotes cada vez menores", afirma o perito americano, um especialista em super inteligência maquinal que trabalhou anteriormente na Google.
Efeito em cadeia
Juntamente com a biotecnologia e a nanotecnologia, ele afirma que essas novas tecnologias poderiam gerar um "efeito em cadeia, de modo que, mesmo começando com escassos recursos, você pode criar projetos com potencial de afetar todo o mundo".
O Instituto do Futuro da Humanidade em Oxford integra uma tendência centrada em pesquisar tais grandes temas. O Instituto foi uma iniciativa do Oxford Martin School, que abrange acadêmicos de diferentes áreas, com o intuito de estudar os "mais urgentes desafios globais".
Martin Rees, ex-presidente da Sociedade Real de Astronomia britânica é um dos defensores do Centro de Estudos de Risco Existencial e afirma que "este é o primeiro século na história mundial em que as maiores ameaças provêm da humanidade".
Nick Bostrom afirma que o risco existencial enfrentando pela humanidade "não está no radar de todo mundo". Mas ele argumenta que os riscos virão, caso estejamos ou não preparados.
"Existe um gargalo na história da humanidade. A condição humana irá mudar. Pode ser que terminemos em uma catástrofe ou que sejamos transformados ao assumir mais controle sobre a nossa biologia. Não é ficção científica, doutrina religiosa ou conversa de bar".

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Multar no México é coisa de mulher

TOLUCA, México, 23 Abr 2013 (AFP) - As autoridades de 18 municípios do estado do México, uma região próxima da capital, não poderão aplicar multas de trânsito até que as corporações policiais cumpram uma exigência da lei estadual: que as equipes sejam formadas apenas por mulheres.

O secretário de Segurança Cidadã do estado do México (centro), José Salvador Neme, explicou à AFP que, por ordem do governo estadual, receberá baixa o agente do sexo masculino que for surpreendido aplicando multas de trânsito, nos municípios que ainda não acataram a lei. O policial pode, inclusive, ser punido por abuso de autoridade.

Em 31 de agosto de 2012, o Código Administrativo do estado do México foi modificado para estabelecer que o Corpo Feminino de Policiais é o único autorizado a aplicar multas de trânsito em todo o território estadual.

As policiais devem ser certificadas pelo Centro de Controle e Confiança e estar equipadas com dispositivos eletrônicos para anotar as infrações de forma rápida e segura.

Em 18 dos 125 municípios que compõem o estado do México, as polícias de trânsito são mistas e vestem uniformes diferentes.

A polícia é uma das instituições consideradas menos confiáveis no México. Mais de 90% dos habitantes acreditam que a polícia está, com frequência, envolvida em atos de corrupção.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ex-prefeito que comprou colar de ouro de 18k com dinheiro público é preso no Maranhão



Do UOL, em Maceió
  • Neves é suspeito de desvio de recursos públicos
    Neves é suspeito de desvio de recursos públicos
A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na manhã desta quinta-feira (18), o ex-prefeito de Urbano Santos (191 km de São Luís) Aldenir Santana Neves (PDT). As investigações apontaram que Neves teria desviado recursos públicos entre 2005 a 2008.
Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), que coordenou a operação, a prisão ocorreu na casa do ex-gestor, em São Luís. Um veículo, documentos e computadores foram apreendidos e serão analisados. Quatro integrantes do MPE, três delegados e 25 agentes de polícia participaram da ação.
O ex-prefeito teve mandado de prisão temporária decretado pela juíza Odete Pessoa Mota, que ainda determinou busca e apreensão em imóveis do ex-prefeito na capital maranhense e em Urbano Santos. 
Segundo o MPE, no período em que foi prefeito, foram feitos 365 depósitos não identificados em suas contas bancárias, num total de R$ 2.193.853,38. Para os promotores, o dinheiro teria sido desviado de programas sociais, das contas da prefeitura para contas pessoais do então prefeito.
O ex-prefeito de Urbano Santos também é acusado de comprar um colar de ouro 18 quilates por R$ 27,8 mil. O objeto foi registrado na prestação de contas do município de 2008, que foi desaprovada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Investigação

O MPE informou que Aldenir Santana começou a ser investigado em 2008, quando se percebeu a rápida evolução patrimonial do então prefeito. As investigações passaram a ser comandadas pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas).
Segundo o MPE, em 2005 o ex-prefeito declarou renda com vencimentos de prefeito de R$ 116 mil. Porém, nos 12 meses daquele ano, ele movimentou em suas contas R$ 863 mil. Em 2008, último ano de mandato, apesar de ter declarado ter recebido R$ 108 mil, R$ 1,4 milhão passaram por suas contas.

Outros problemas

Aldenir Santana Neves já havia sido preso em 2007, durante a Operação Rapina, desencadeada pela Polícia Federal, em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal).
Naquele ano, ele e mais sete prefeitos maranhenses foram acusados de participar de uma quadrilha especializada em desvio de verbas públicas. Ao todo, 111 pessoas foram presas no Maranhão e no Piauí.
Segundo as investigações da Polícia Federal, em 10 anos a quadrilha desviou quase R$ 1 bilhão em recursos federais. Este ano, o TCE também desaprovou as contas do ex-prefeito relativas a 2007. Urbano foi condenado a devolver R$ 11,4 milhões ao erário.
UOL entrou em contato com o escritório de advocacia que defende o ex-prefeito, mas foi informado pela secretária que não haveria autorização passar o telefone do advogado, de nome Rogério, que estaria acompanhando Neves nesta manhã.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Rodeio, o pai dos esportes radicais - Esporte - Notícia - VEJA.com

Rodeio, o pai dos esportes radicais - Esporte - Notícia - VEJA.com

O espetáculo que pretende atrair 6 milhões de pessoas às arenas no Brasil - mais que o público total do Brasileirão de futebol - aposta na emoção do duelo entre touro e homem. Com prêmios milionários, peões dividem o estrelato com os animais, tratados com cada vez mais cuidado

Fernando Cesarotti
Em meio à música alta e à vibração do público, o atleta tenta se concentrar. Depois da contagem regressiva, abre-se a porteira e a missão é uma só: se segurar. Sob suas pernas, mais de 800 quilos de fúria, se mexendo, pulando e sacolejando. Cinco segundos, seis, sete, oito no máximo e chão: lá está o peão caído, os auxiliares tentando controlar o touro. Fim do duelo. Como num clássico do futebol, a torcida grita e faz uma grande festa. Termina mais uma exibição de força e coragem de um atleta de rodeio - um esporte que nem sempre está à vista de todos, mas que ainda assim conquista cada vez mais fãs no Brasil. Se para o peão a ação é breve, para o público a emoção dura muito mais: um minuto depois, lá está o próximo candidato a domar o touro. E começa tudo de novo, 40, 50, 60 vezes por noite, por três ou quatro dias seguidos. 

“Nosso esporte é radical por definição, é o precursor entre as modalidades radicais. E é isso que atrai o público, é por isso que cada vez mais gente acompanha as nossas competições", diz o americano Jim Hayworth, presidente da PBR, a Professional Bull Riders, uma espécie de Fifa da montaria em touro, como o esporte prefere ser chamado (“rodeio”, segundo eles, remete a toda a festa que costuma envolver os eventos, com exposições, leilões de gado e shows de música sertaneja). "Onde mais se pode conseguir tanta adrenalina em dez segundos?”, diz Hayworth. Radical, sim, mas também profissional. A versão nacional do PBR, uma espécie de campeonato brasileiro da modalidade, foi criada em 2007 e neste ano contará com 30 etapas. A expectativa de público total é de nada menos que 6 milhões de espectadores nas arenas - sem contar as transmissões por TV aberta e a cabo e pela internet, via streaming. Em 2011, com 5,6 milhões de pessoas, o público que acompanhou as competições de perto foi o mesmo dos 380 jogos do Campeonato Brasileiro somados. A cada etapa, são criados 14.000 postos de trabalho. Neste fim de semana, em Londrina, na segunda etapa da temporada 2013, serão 80.000 reais em prêmios distribuídos - valor modesto se comparado aos salários dos astros do futebol, mas generoso quando se compara a modalidade a outros esportes menos consagrados - como o MMA, onde os cachês dos lutadores em alguns eventos ficam numa faixa parecida.

Paduardo/Futura Press
Silvano Alves exibe anel de Campeão Mundial de Montaria em 2011
Silvano Alves: R$ 2 milhões por ano
“O Brasil, junto com a Austrália, é o pais em que nosso esporte mais cresce no mundo, e estamos trabalhando duro para dar ao fã um espetáculo cada vez melhor”, afirma Hayworth. O "Dana White dos rodeios", que esteve no Brasil na semana passada para participar de reuniões com parceiros e também para participar de ações promocionais, comanda a empresa desde 2011 e admite que se sai melhor como executivo do que como atleta. “Não, eu nunca montei em um touro. Até gostaria, mas sou grande demais, não tenho o tipo físico para isso. Prefiro os cavalos”, contou ele a VEJA.


Contusões e capacetes - Cada vez mais um esporte de massa, o rodeio também cria ídolos. Silvano Alves, que vive na pequena Pilar do Sul, no interior de São Paulo, sagrou-se campeão mundial nos últimos dois anos, vencendo a série de torneios disputada nos Estados Unidos e faturando nada menos que 2 milhões de reais a cada temporada - isso apenas como prêmio pelo título. Outro nome forte é Edevaldo Ferreira, atual bicampeão brasileiro, que competirá em Londrina com outros 50 peões pelo prêmio. Ele se recuperou de uma contusão que o deixou fora de ação por um mês. Também participou de algumas etapas de competições realizadas nos Estados Unidos. “Estou muito confiante. A temporada começou agora e ainda há muitas disputas pela frente, tanto aqui no Brasil como no exterior. Tenho feito uma recuperação rápida e estou pronto para recomeçar”, avisa, como se fosse um atleta de qualquer outra modalidade mais popular.

Divulgação
Boi Bandido ficou conhecido durante a novela América
Boi Bandido: artista na novela 'América'
É um esporte radical, sim, mas também seguro: hoje os peões só vestem o tradicional chapéu na hora de dar entrevistas e de conversar com o público. Sobre o touro, capacete e colete de proteção são itens obrigatórios. O tratamento concedido aos touros, alvo de muitos protestos de organizações de proteção dos animais, é cada vez mais cuidadoso - eles viajam em caminhões que têm amortecedores no piso e são acompanhados permanentemente por uma equipe de veterinários. “Eles são as nossas verdadeiras estrelas", explica Flávio Junqueira, presidente do PBR Brasil. "Se você pensa em rodeio, em montaria, até hoje o nome mais conhecido é o Bandido, o da novela, lembra? Mais do que qualquer peão. Por isso, é claro que precisamos tratá-los muito bem, como merecem todas as estrelas”, explica ele, citando o touro que contracenava com Murilo Benício na novela América. Bandido morreu em 2009 e foi homenageado com uma estátua em Barretos, a meca da montaria. Como os astros de qualquer esporte, eles valem muito: num leilão recente, um criador venceu um “pacote” de 35 animais por cerca de 1,4 milhão de reais. O mais caro deles custou 127.000 reais.